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Produção dos professores: Célia Mendes e Jeisemiel
O professor, como todo ser humano, em todas as épocas e em especial na atualidade, consciente ou inconscientemente é um aprendiz e está em constante processo de transformação. Este como todos os aprendizes apresenta uma identidade marcada pela singularidade e pluralidade. Como afirma Edgar Morin em sua entrevista: ”Ao invés de termos somente um sonho individual, nós vivemos um sonho coletivo.” Por outro lado, nós nos reencontramos com as grandes tendências do imaginário; com as grandes lendas, com os romances... Nos deparamos com os grandes problemas que vêm de encontro ao imaginário.
Na pluralidade do espaço escolar, onde o professor se depara com tantos outros eus singulares, há uma tendência necessária de criar o palco dos sonhos, vislumbrar novos horizontes apesar e por conta dos problemas que acontecem. Na dinâmica da vida escolar, mesmo que por força das necessidades ou das angustiosas vivências “normais” e consequentes da sociedade atual, o professor está sendo constantemente balanceado à refletir em busca de mudanças.em suas singulariadades ele reflete em busca de soluções para os seus conflitos enquanto educador e enquanto nas suas buscas de realização pessoal.
Para Antônio Nóvoa “O paradigma do professor reflexivo, isto é, do professor que reflete sobre a sua prática, que pensa, que elabora em cima dessa prática, é o paradigma hoje em dia dominante na área de formação de professores.”Mas não é só na sociedade atual que os professores sentem-se convocados à reflexão. “É impossível alguém imaginar uma profissão docente em que essas práticas reflexivas não existissem – tentar identificá-las e construir as condições para que elas possam se desenvolver.”
Na sua pluralidade, também não é diferente: inquieta-se, angustia-se e reflete a crise social bastante complexa que gera incerteza. Vive em busca de respostas entre o ter ou não ter, ser ou não ser, conviver ou não com as antigas tecnologias e/ou avançar nas novas. Educadores e educandos já não podem conviver apenas com as antigas tecnologias e não estão preparados para enfrentar as novas. E nunca estarão totalmente preparados. Mas principalmente os professores por terem mais experiência de vida, não devem aceitar o “viver amargurado” e através das capacitações ou formações continuadas, assumir a postura de cidadãos práticos.. Afinal como diz Nóvoa.
“ Hoje em dia... Não basta deter o conhecimento para o saber transmitir a alguém, é preciso compreender o conhecimento, ser capaz de o reorganizar, ser capaz de o reelaborar e de transpô-lo em situação didática em sala de aula.”
Essa identidade singular e plural concomitantemente faz do educador um ser complexo e especial que transita entre o sonho e a realidade, que busca autonomia profissional. Paulo Freire diz que ... “é impossível viver a prática educativa sem perseguir, sem trabalhar no sentido da autonomia do ser, do educando e do educador.” O educador apesar de todos os obstáculos, não desiste
de honrar o seu compromisso de educar numa prática democrática libertadora.
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¹ Essa gravação foi realizada em São Paulo, no Instituto Paulo Freire, para a série
, apresentada no programa Salto para o Futuro/TV Escola/SEED/MEC, de 20/04 a 30/04 de 1997. A série teve a consultoria de Moacyr Gadotti e contou com a mediação de Gaudêncio Frigotto.
Um comentário:
A vida é uma dádiva maravilhosa de Deus! Creio que quando Ele me projetou, pensou em como eu seria e então me encaminhou a ser uma professora que se inquieta com problemas educacionais, com a lentidão das transformações. E que bom que as coisas agora caminham mais rápidas. Pois sou uma professora que assume a postura de aprendiz. Creio que não estamos aqui por acaso. Portanto, devemos aproveitar cada instante das nossas vidas para aprender,refletindo, mudando, crescendo sempre, buscando ser a cada instante melhor. Neste tumultuoso mundo em vivemos é muito importante que estejamos com os sentidos aguçados em busca de conhecimentos. É por isso que afirmo ser uma professora aprendiz que gosta de inovações. E as inovações tecnológicas não levam os seres a serem apenas máquinas como alguns afirmam, mas ajuda a combater a desigualdade social. À medida que as escolas dão acesso tecnólogico, inclui os menos favorecidos deste mundo global.
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