ATIV. 1.5. Fichamento do vídeo TV escola –
O vídeo - Virando Bixo no vestibular, do Sistema de Ensino de L.Portuguesa (CRIAR) foi proferido pelo professor Luiz Cláudio Jubilato, sobre a obra Capitães da Areia (J. Amado) como uma obra interessante. O professor mostra a visão de Jorge Amado em sua representação como uma crítica interessante em que o estado abandonou boa parte da população e boa parte das crianças acabam se marginalizando:
A história toda se passa num trapiche abandonado onde cerca de 100 crianças se reúnem. Ali, várias lideranças vão acontecer. Cada uma dessas crianças tem uma história que traz as tragédias familiares. Poeticamente ele vai mostrando as transformações das crianças em cada capitulo. E depois cada criança vai se transformando em sindicalistas, artistas mas também muitos em marginais sem capacidade de transformação.
Essa crítica faz –nos refletir sobre o mundo atual. Jorge Amado, militante do comunismo, tem visão socialista e critica o estado e a igreja da época. Ele representa uma sociedade decadente em que o Estado só estava presente na hora da tortura. A única que passa a idéia de esperança, carinho e sensualidade é Dora (mãe para os menores e mulher para os maiores). Os demais representam como que um documentário sobre crianças abandonadas e fadadas ao fracasso. A não ser quando uma ou outra tem o destino próprio marcado para se tornar um líder sindical.
Esta é uma realidade bem presente no mundo atual que representada por J. Amado e apresentada neste vídeo. Mais precisamente no local palco da vida de Jorge Amado, no eixo Itabuna-Ilhéus. Porém a verdade seja pronunciada: nunca o estado esteve tão presente. Escolas reformadas ampliadas, iluminadas, livro gratuito, merenda planejada, e tecnologias na escola (TV, vídeo, computador) formação para os docentes. Ainda há muito a fazer, mas boa parte se tem feito para combater a marginalidade, filha da exclusão, da desigualdade social. As igrejas também tem executado muitos projetos sociais no combate à marginalidade. Creio que precisamos nos aproximar mais dos pais, promovendo ações que também os incluam no mundo das leituras, da tecnologia. Eles não tiveram acesso e a crise econômica do desemprego continua.